
Sinopse
O menino Carlos vivia com seus pais numa cidadezinha do interior, até que um dia eles ajudaram um alienígena, que em retribuição levou o menino para o seu planeta para ser educado num lugar muito mais evoluído que a Terra.
Carlos voltou com super-inteligência, super-força e até capacidade de voar. Voltou também com um uniforme “atômico” capaz de resistir a qualquer coisa. E assim começou a agir como um super-herói, enfrentando bandidos na Terra, no espaço sideral e no mundo subterrâneo. O Capitão 7 tinha sua nave, onde observava as atitudes dos demais humanos na terra.
Quando não é chamado para resolver algum problema como o Capitão 7, Carlos volta a sua vida normal como um tímido químico que namora Silvana, filha de um funcionário da Interpol.
contribuição de Izaías Correia
IDALINA DE OLIVEIRA – Silvana
SILVIO SILVEIRA – Tenente
GILBERTO CHAGAS
Criada por Rubem Biáfora, Capitão 7 estreou no dia 24 de outubro de 1954 pela TV Record. A princípio era exibida três vezes por semana com episódios que variavam entre 30 e 40 minutos de duração. Mas o sucesso de audiência fez com que fosse investido mais no programa, o qual se tornou diário.
A propósito, tal qual o herói nipônico National Kid foi batizado com este nome para divulgar seu patrocinador, a National, Capitão 7 recebeu esse nome porque a TV Record era transmitida pelo canal 7 em São Paulo.
Esse herói nacional era vivido pelo mineiro Ayres Campos, escolhido entre dezenas de outros candidatos, entre eles o ator Hélio Souto.
“Tive que fazer vários testes. Além da interpretação fiz exibições de força e habilidade em várias modalidades de luta, inclusive boxe. Muito me favoreceu a excelente forma física que sempre procurei manter e a experiência, como ator, em vários filmes.”
No início o ator ainda usava um capacete, máscara nos olhos e um bigodinho a la Clark Gable. Depois, adotou a cara limpa.
Tal como demais super-heróis, o Capitão 7, Silvana e o Tenente tinham uma identidade secreta, mas estas nunca foram reveladas. Eles eram super-heróis que lutavam contra o mal numa espécie de “liga da justiça”. Suas vidas particulares jamais foram reveladas. Lutavam contra bandidos na Terra, espaço sideral e no mundo subterrâneo.
A princípio ao vivo com transmissão direta, e mais tarde filmada em película cinematográfica, a produção contava com várias cenas de ação, muitas delas interpretadas pelo próprio Ayres Campos que escapou, dezenas de vezes, de ser morto em ação.
Até 1960, a série era escrita por vários roteiristas. Depois todos os episódios passaram a ser escritos, produzidos e dirigidos por Alice M. Miranda, mais conhecida no meio artístico por Maio Miranda. Ela ficou responsável pela série até o último mes de sua gravidez. Alguns meses depois, Capitão 7 saiu do ar.
Por causa do sucesso do herói entre seu público infantil, foi criado um Clube, apoiado pelo personagem e patrocinado pela Vigor, que incentivava crianças e jovens a manter um corpo sadio, ter amor aos estudos e não agir com violência.
Também foi lançada uma revista em quadrinhos com histórias vividas pelo Capitão 7, com um total aproximado de 60 edições. Seu protagonista, Ayres Campos, aproveitou sua paixão pela série e, após o seu encerramento, abriu um negócio próprio: a Capitão 7 Indústria e Comércio de Roupas Ltda., uma fábrica de roupas de super-hoeróis, entre eles, o próprio Capitão 7.
Os episódios do Capitão 7 ficaram, durante anos, guardados nos arquivos da TV Record, que perdeu tudo nos incêndios dos quais foi vítima.
O ator Ayres Campos faleceu em julho de 2003.
Chegou o Capitão 7
Pra defender o bem
Chegou o Capitão 7
Valente como ninguém
Vim para defender a justiça e a liberdade
O mal não pode vencer o trabalho e a honestidade
Agora é hora do nosso herói chegar
Capitão 7 vem aí
Valente como ele
Eu nunca vi
Vim para defender a justiça e a liberdade
O mal não pode vencer o trabalho e a honestidade…