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Channel: Nilson Xavier – Teledramaturgia
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Tempo de Amar

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Sinopse

Portugal, 1927. A Quinta da Carrasqueira é a principal propriedade da fictícia aldeia de Morros Verdes. José Augusto Correia Guedes (Tony Ramos), o homem mais influente e poderoso da região, é fabricante de vinhos e azeites. Ele é pai de Maria Vitória (Vitória Strada) e mantém com a filha uma boa relação. Apesar da época e de fazer parte da aristocracia portuguesa, José Augusto escuta os desejos da filha e a incentiva em seus sonhos. Viúvo, ele a criou com a ajuda da governanta Delfina (Letícia Sabatella), sua amante há muitos anos. Fruto desse romance proibido, a jovem Tereza (Olívia Torres) acha que José Augusto é seu padrinho. Porém, Delfina será capaz de tudo para fazer com que o amante reconheça a paternidade da filha.

A Quinta da Carrasqueira faz parte também dos planos do jovem Fernão Moniz (Jayme Matarazzo). Ele é filho do médico da aldeia, o Dr. Álvaro Moniz (Odilon Wagner), amigo de José Augusto. Fernão acaba de retornar a Morros Verdes após se formar em Medicina em Coimbra, e está certo de que será o futuro esposo de Maria Vitória e, consequentemente, o próximo mandachuva da propriedade. Mas Maria Vitória não leva a sério essa promessa de se casar com Fernão, que surgiu ainda na infância.

Em Sobreiro, vilarejo vizinho a Morros Verdes, mora o jovem Inácio Ramos (Bruno Cabrerizo). Ele vive de trabalhos temporários, como a colheita das uvas, e mora com a tia Henriqueta (Nívea Maria), uma simples doceira que criou o sobrinho após a morte dos pais dele. Durante as festividades da Semana Santa, os olhares de Maria Vitória e Inácio se encontram pela primeira vez, o que faz surgir uma paixão. Quando Inácio e Maria Vitória se beijam pela primeira vez, ela o convida para sua festa de dezoito anos. Fernão escolhe esta data para pedir a mão da jovem em casamento. Mas ela está completamente apaixonada por Inácio.

José Augusto, apesar de fazer gosto do relacionamento com Fernão, não obriga a filha a seguir um caminho que ela não deseja. Maria Vitória então nega o pedido de casamento, despertando a ira de Fernão, que, preterido por um camponês, passa a alimentar o desejo de destruir seu concorrente a qualquer custo. Antes de conhecer Maria Vitória, Inácio havia aceitado uma proposta de trabalho no Brasil. O rapaz consegue um emprego no Empório São Mateus da Lapa, no Rio de Janeiro. Na véspera da partida, o casal apaixonado se entrega à paixão e promete lutar por um reencontro futuro.

Algum tempo depois da viagem de Inácio, Maria Vitória começa a se sentir indisposta e é Delfina quem percebe que ela está esperando um bebê. Ardilosa, a governanta enxerga nesse fato a possibilidade de colocar pai contra filha e, finalmente, conseguir que ele reconheça Tereza. Quando Maria Vitória conta ao pai que ele será avô, a reação de José Augusto não é a esperada pela jovem. Apesar da liberdade que sempre deu à filha, ele é extremamente conservador e não esconde a decepção. A solução é enviar Maria Vitória para um convento. É lá que ela passa o período da gravidez até dar à luz uma menina, que ganha o nome Mariana. Depois de alguns dias amamentando a filha, Maria Vitória descobre que Mariana foi dada para adoção e levada por um casal.

Enquanto isso, Inácio está trabalhando no Brasil. Feliz em seu novo trabalho, ele só pensa em voltar para os braços da amada, como combinaram. Ao receber a carta informando que será pai, decide retornar à sua terra natal. Antes de partir, Inácio é assaltado e espancado. Desmaiado à beira da estrada, ele é encontrado por Lucinda (Andreia Horta). Filha de um médico renomado, ela conta com a ajuda do pai para cuidar dele. Quando Inácio acorda, descobre que está cego. Lucinda passa então a alimentar uma esperança de que ele se apaixone por ela, já que assim jamais verá a enorme cicatriz que ela traz no rosto. Mas Inácio, mesmo sendo muito agradecido por Lucinda ter salvo sua vida, só fala em Maria Vitória. Apaixonada por ele, Lucinda não medirá esforços para impedir esse reencontro.

Globo – 18h
estreia: 26 de setembro de 2017

novela de Alcides Nogueira e Bia Corrêa do Lago
baseada no argumento de Rubem Fonseca
colaboração de Tarcísio Lara Puiati e Bíbi Da Pieve
direção geral de Jayme Monjardim e Adriano Melo
direção artística de Jayme Monjardim

Novela anterior no horário
Novo Mundo

BRUNO CABRERIZO – Inácio Ramos
VITÓRIA STRADA – Maria Vitória Correia Guedes
TONY RAMOS – José Augusto Correia Guedes
REGINA DUARTE – Madame Lucerne
LETÍCIA SABATELLA – Delfina
JAYME MATARAZZO – Fernão Moniz
ANDREIA HORTA – Lucinda
OLÍVIA TORRES – Tereza
NÍVEA MARIA – Henriqueta
JACKSON ANTUNES – Geraldo
ODILON WAGNER – Dr. Álvaro Moniz
INEZ VIANNA – Aurora
MARISA ORTH – Celeste Hermínia
WERNER SCHÜNEMANN – Conselheiro Francisco
KARINE TELES – Odete
NELSON FREITAS – Bernardo
DEBORAH EVELYN – Alzira
BÁRBARA FRANÇA – Celina
BRUNO FERRARI – Vicente
MAYANA MOURA – Carolina de Sobral
SABRINA PETRÁGLIA – Olímpia
MARCELO MELLO JR. – Edgar
CÁSSIO GABUS MENDES – Reinaldo Macedo
LUCY ALVES – Eunice
HENRI CASTELLI – Teodoro Magalhães
FRANÇOISE FORTON – Emília
MARIA EDUARDA CARVALHO – Gilberte
GUILHERME LEICAN – Artur
LÍVIAN ARAGÃO – Angélica
BETE MENDES – Irmã Imaculada
MALU VALLE – Irmã Margarida
YASMIN GOMLEVSKY – Irmã Assunção
JOSÉ AUGUSTO BRANCO – Padre João
ERIK MARMO – Martim
GISELLE PRATES – Josefina
JOELSON DE OLIVEIRA – Firmino
ROBERTO FROTA – Figueirinha
JÉSSIKA ALVES – Lena (Helena)
GUILHERME PRATES – Giuseppe
GIULIA GAYOSO – Natália
AMANDA DE GODOI – Felícia
RICARDO VIANNA – Tomaso
ANA CARBATTI – Isolina
WALKÍRIA RIBEIRO – Balbina
MAICON RODRIGUES – Pepito
GUSTAVO ARTHIDDORO – Raimundo
JORGE DE SÁ – Justino
ELI FERREIRA – Tiana
CRISTIANO GARCIA – Gregório
MARCEL OTÁVIO – Otávio
PAULO VESPÚCIO – Padre Orlando
OLÍVIA ARAÚJO – Nicota

A saga dos protagonistas de Tempo de Amar é inspirada na aventura real da avó do escritor Rubem Fonseca, autor do argumento. Ela saiu de Portugal deixando a filha pequena (mãe de Rubem) com seus pais para encontrar seu grande amor. Ele havia se mudado para o Brasil a trabalho e, em um determinado momento, parou de enviar suas cartas. A história foi, então, ficcionada por Alcides Nogueira.
“O amor fez com que minha bisavó atravessasse o oceano para encontrar o homem pelo qual era completamente apaixonada”, contou Bia Corrêa do Lago, filha de Rubem Fonseca, parceira de Alcides no texto da novela.

As primeiras cenas foram gravadas na Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. O espaço serviu de locação para um convento. A novela ainda fez tomadas grandiosas no Porto do Rio. De um lado, estava representado o Porto de Portugal e do outro o da Cidade Maravilhosa. Foram mais de 250 figurantes por dia. A produção de arte também levou para o local 13 carros da época, entre outros objetos. As cenas mostraram as chegadas e partidas dos personagens de Portugal e Brasil. O percurso entre os dois países à época levava mais de três meses para ser concluído.

O sul do Brasil também serviu de cenário. Em julho de 2017, em pleno inverno, a produção gravou em casas do roteiro turístico Caminhos de Pedra – como a Casa da Erva-Mate e a Cantina Strapazzon – , no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, e em pontos tradicionais de Garibaldi, como o Passeio da Barragem e a estação da Maria Fumaça, entre outros locais. A equipe da novela enfrentou temperaturas abaixo de zero nessas locações.

A figurinista Paula Carneiro se baseou em pesquisas sobre a época em que se passa a trama, 1927 a 1930. Mas não ficou presa ao que dizem os livros.
“Como Morros Verdes é uma aldeia perdida no tempo foi possível utilizar a licença poética para criar e ter o belo como foco, mas levando em conta que ali é um lugar longe dos centros urbanos, mais rural. Sem a preocupação com o que é certo e o que é errado”, explicou.
O figurino marca bem a diferença entre os personagens de Portugal, que possuem elementos antiquados e seguem uma linha atemporal, e os que vivem no Rio, na época a capital do país, efervescente política e culturalmente, onde os personagens se vestem com o estilo característico da década, marcada por vestidos mais retos e na altura dos joelhos, silhueta quadrada, franjas e muitos acessórios de cabelo. A caracterizadora Anna Van Steen também usou o estilo clássico e atemporal para conceber o visual dos personagens portugueses e referências da época para os personagens do Rio de Janeiro.

Nos núcleos cariocas, os cortes de cabelo também são típicos da época, e a ousadia marca o estilo de vários personagens. A personagem de Marisa Orth, Celeste Hermínia, usa peças contemporâneas e calças, vestuário que não era comum no guarda-roupa feminino.
“A Chanel foi uma grande inspiração na criação do figurino dessa cantora de fado”, contou Paula Carneiro.
Assim como Celeste Hermínia, a personagem Olímpia (Sabrina Petraglia) usa um figurino muito característico da década de 20, mas com elementos que fogem à regra.
“Essa personagem veio de Paris, onde tudo acontece, e ela abusa dos acessórios. Fomos um pouco para o oriental, misturando com o clássico da época”, adiantou a figurinista.

Foram criadas duas cidades cenográficas nos Estúdios Globo. De um lado, a modernidade do Rio de Janeiro do fim dos anos de 1920. Do outro, uma aldeia portuguesa distante dos grandes centros urbanos e com aspecto rural.
“O grande diferencial é ter uma cidade com casas de paredes de pedras. Usamos muitas pedras verdadeiras, além de peças de isopor que passaram por um tratamento que testamos muito até conseguir deixar com a textura certa”, contou o cenógrafo Gilson Santos, que divide o trabalho com Erika Lovisi.

Malas, passaportes, cartazes, gramofones e muitos outros objetos foram garimpados em antiquários ou feitos especialmente para a novela. A equipe encomendou cestos de vime característico da colheita da uva em Portugal, além de mais de 80 malas de época. Também foi necessária a importação de panelas de ferro típicas de Portugal, além dos carros do período para a composição das cenas.

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