
Sinopse
A vida de Lola (Glória Pires), ao lado do marido Júlio (Antônio Calloni) e dos quatro filhos – Carlos (Xande Valois/Danilo Mesquita), Alfredo (Pedro Sol Victorino/Nicolas Prattes), Isabel (Maju Lima/Giullia Buscacio) e Julinho (Davi de Oliviera/André Luiz Frambach) – desde quando estes eram crianças até a idade adulta, quando ela termina seus dias sozinha em uma casa para idosos. A história transcorre todos os fatos marcantes de sua vida: a dura luta para criar os filhos pequenos, a morte do marido e de Carlos, os problemas com o rebelde Alfredo, a união precoce de Isabel com um homem casado, e o casamento de Julinho com uma moça rica, o que culmina com a ida de Dona Lola para um asilo.
Entre tanto sofrimento, alguns momentos leves, como a amizade de Lola com a vizinha Dona Genu (Kelzy Ecard), casada com Virgulino (Kiko Mascarenhas), um casal divertido. E os passeios à casa de sua mãe, Dona Maria (Denise Weinberg), em Itapetininga, no interior de São Paulo, onde moram suas irmãs Clotilde (Simone Spoladore) e Olga (Maria Eduarda Carvalho) e a tia Candoca (Camila Amado). A espevitada Olga se casa com o farmacêutico Zeca (Eduardo Sterblitch) e juntos dão início a uma grande prole. Já Clotilde apaixona-se por Almeida (Ricardo Pereira), amigo de Júlio, mas não consegue romper com os padrões morais da sociedade quando tem de decidir morar com ele, que é desquitado.
GLÓRIA PIRES – Lola (Eleonora Lemos)
ANTÔNIO CALLONI – Júlio Lemos
DANILO MESQUITA – Carlos
NICOLAS PRATTES – Alfredo
GIULLIA BUSCACIO – Isabel
ANDRÉ LUIZ FRAMBACH – Julinho
SIMONE SPOLADORE – Clotilde
RICARDO PEREIRA – Almeida
MARIA EDUARDA CARVALHO – Olga
EDUARDO STERBLITCH – Zeca
KELZY ECARD – Genu
KIKO MASCARENHAS – Virgulino
PAULO ROCHA – Felício
CAROL MACEDO – Inês
JHONA BURJACK – Lúcio
DENISE WEINBERG – Dona Maria
CAMILA AMADO – Tia Candoca
SUSANA VIEIRA – Tia Emília
JOANA DE VERONA – Adelaide
JÚLIA STOCKLER – Justina
RAYSSA BRATILLIERI – Soraia
WERNER SCHÜNEMANN – Assad
LAVÍNIA PANNUNZIO – Lucy
Karime
CÁSSIO GABUS MENDES – Afonso
BÁRBARA REIS – Shirlei
CACO CIOCLER – José Aranha
VIRGÍNIA ROSA – Durvalina
TRIZ PARIZ – Lili
BRENNO LEONE – Elias
WALDEREZ DE BARROS – Dona Marlene
BRENO NINA – Neves
ELLEN ROCHE – Marion
RAMON FRANCISCO – Alaor
CAROLINE VERBAN – Nely
THIAGO JUSTINO – Higino
OTHON BASTOS – Padre Venâncio
STEPAN NERCESSIAN – Delegado Gusmões
Tião
Marcos
Marta
Zulmira
as crianças
XANDE VALOIS – Carlos
PEDRO SOL VICTORINO – Alfredo
MAJU LIMA – Isabel
DAVI DE OLIVEIRA – Julinho
GABRIELLA SARAIVA – Inês
ARTHUR GAMA – Lúcio
BRUNA NEGENDANK – Lili
MELISSA NOBREGA – Soraia
LIPINHO COSTA – Tião
– núcleo de LOLA (Glória Pires), mãe abnegada e afetuosa, esposa submissa. Luta ao lado do marido para sustentar a família e ver os quatro filhos encaminhados na vida. Para ajudar o marido a terminar de pagar a casa onde moram, dedica-se à confecção e venda de peças de tricô:
o marido JÚLIO LEMOS (Antônio Calloni), trabalha duro em uma loja de tecidos para prover a família e manter em dia a prestação da casa onde moram, apesar das várias dificuldades pelas quais passam. Tem a ambição de um dia ser rico como seu chefe. Ama sua família, mas é rígido e detesta ser repreendido ou contrariado. Não consegue ter com os filhos a mesma relação amorosa que a esposa estabeleceu com eles. A única exceção é a filha, seu xodó. Frequenta um cabaré e muitas vezes chega bêbado em casa, para o desespero da mulher e dos filhos. Tem uma amante, dançarina do cabaré. Morre de câncer no decorrer da história
os filhos: CARLOS (Xande Valois / Danilo Mesquita), o mais velho e seu filho mais companheiro. Responsável e estudioso desde criança, com o falecimento do pai sente-se na necessidade de abandonar a faculdade de Medicina para trabalhar em um banco e ajudar nas despesas da casa. Também morre na história
ALFREDO (Pedor Sol Victorino / Nicolas Prattes), o mais bonito e genioso de seus filhos. Irresponsável e rebelde, não gostava de estudar quando criança, preferindo a companhia dos moleques da rua, sempre se metendo em confusões. Rivaliza com Carlos, não se entende com o pai e abusa da paciência da mãe. Apesar de tudo, tem bom coração. Adulto, vai trabalhar em uma oficina mecânica ao mesmo tempo em que mete-se com anarquistas. Alista-se na marinha mercante e abandona a família para viver aventuras pelo mundo
JULINHO (Davi de Oliveira / André Luiz Frambach), o mais ladino dos filhos, desde criança tinha tino para os negócios e sonhava ser rico. Adulto, vai trabalhar com o patrão do pai. Casa-se por interesse com a filha rica do patrão
e ISABEL (Maju Lima / Giullia Buscacio), a caçula, queridinha do pai na infância. A situação incomoda Lola, que não concorda com o tratamento diferenciado dispensado pelo marido à filha. Voluntariosa e vaidosa. Adulta, será amante de um homem casado, escandalizando a família
a empregada DURVALINA (Chica Lopes), simplória e prestativa, ajudou a criar os seu filhos
a sogra DONA MARLENE (Walderez de Barros), mãe de Júlio, viúva, mulher orgulhosa e desagradável, põe defeitos em tudo e implica com a nora e a educação que ela dá aos seus netos.
– núcleo da família de Lola em Itapetininga:
a mãe DONA MARIA (Denise Weinberg), doceira de mão cheia, mulher simples que trabalhou a vida inteira
a tia CANDOCA (Camila Amado), irmã de Maria, reclamona e preguiçosa, vai ficando esclerosada com o passar do tempo
as irmãs CLOTILDE (Simone Spoladore), solteirona, sempre viveu em função da mãe. Apegada aos valores da sociedade, mesmo apaixonada vai relutar em unir-se ao homem amado, pois ele é desquitado
e OLGA (Maria Eduarda Carvalho), a mais nova, professora, engraçada e espevitada
o cunhado ZECA (Eduardo Sterblitch), marido de Olga, farmacêutico, forma um par divertido com a mulher
o amigo de Zeca, NEVES (Breno Nina).
– núcleo de DONA GENU (Kelzy Ecard), vizinha de Lola, mulher fofoqueira, exagerada e autoritária com o marido, mas de bom coração e solidária:
o marido VIRGULINO (Kiko Mascarenhas), sujeito sossegado, sofre na mãos da mulher
os filhos LÚCIO (Arthur Gama / Jhona Burjack), amigo de Alfredo e Carlos, apaixonado por Isabel desde a infância,
e LILI (Bruna Nagendank / Triz Pariz).
– núcleo de EMÍLIA (Susana Vieira), a tia rica de Lola, irmã de seu falecido pai. Mulher da alta sociedade, elegante, discreta, um tanto esnobe. Seu maior passatempo é discorrer sobre a árvore genealógica das famílias quatrocentonas paulistas:
as filhas ADELAIDE (Joana de Verona), jovem elegante e decidida, de ideias liberais para o seu tempo. Envolve-se com Alfredo,
e JUSTINA (Júlia Stockler), deficiente com problemas mentais
o mordomo HIGINO (Thiago Justino), fiel à família.
– núcleo de ALMEIDA (Ricardo Pereira), colega de trabalho de Júlio na loja de tecidos. Apaixona-se por Clotilde, mas ela resiste à paixão por ele ser ainda casado, apesar de estar se separando da mulher. Os dois têm de esperar o desquite, que a mulher reluta em concordar:
a mulher MARTA
os amigos: ELIAS (Brenno Leone), trabalha com ele e Júlio na loja de tecidos,
e DELEGADO GUSMÕES (Stepan Nercessian).
– núcleo de INÊS (Gabriella Saraiva / Macedo), moça doce e romântica. O amor de Carlos desde a infância, casa-se com Lúcio após a morte dele. Sofre com os desentendimentos entre os pais, que acabam se separando:
o pai AFONSO (Cássio Gabus Mendes), dono de uma mercearia, homem honesto e trabalhador. Não é o seu verdadeiro pai, mas a criou e os dois se amam profundamente
a mãe SHIRLEI (Bárbara Reis), mulher amargurada, engravidou muito jovem e foi acolhida por Afonso, que criou Inês como sua filha. Com o retorno do pai biológico de Inês, está decidida a abandonar Afonso para viver com ele
o pai biológico JOSÉ ARANHA (Caco Ciocler), que não conhecia.
– núcleo de ASSAD (Werner Schünemann), libanês rico, dono de uma loja de tecidos, patrão de Júlio e Almeida, mais tarde patrão de Julinho:
a filha SORAIA (Melissa Nóbrega / Rayssa Bratillieri), moça mimada e fútil, perde a mãe ainda menina e passa a odiar a madrasta quando o pai casa-se novamente. Adulta, casa-se com Julinho. Tem uma relação conflituosa com a sogra Lola, implicando por ela ser velha e simples
a primeira mulher LUCY (Lavínia Pannunzio), morre no decorrer da história
a segunda mulher KARIME, odiada por Soraia.
– núcleo de FELÍCIO (Paulo Rocha), em crise no casamento, envolve-se com Isabel e os dois se tornam amantes, escandalizando a família dela. Larga a mulher para unir-se a Isabel. Eles fazem um contraponto com Clotilde, tia de Isabel, que preferiu esperar o desquite de Almeida para casar-se legalmente:
a mulher ZULMIRA
o filho pequeno com Zulmira, FELÍCIO JR..
– núcleo do cabaré, frequentado por Júlio e Almeida:
as dançarinas: MARION (Ellen Roche), amante de Júlio,
e NELY (Caroline Verban)
o barman ALAOR (Ramon Francisco).
– demais personagens:
PADRE VENÂNCIO (Othon Bastos)
TIÃO (Lipinho Costa), amigo de Alfredo desde a infância
MARCOS, amigo de Carlos e Lúcio, casa-se com Lili
LEONTINA, amiga de Olga, de Itapetininga
DONA BENEDITA, professora de Carlos e Alfredo crianças.
Quinta adaptação para a TV do famoso romance de Maria José Dupré, originalmente publicado em 1943.
A primeira adaptação foi ao ar em 1958, pela TV Record, ainda na fase de dois capítulos por semana e ao vivo, protagonizada por Gessy Fonseca e Gilberto Chagas.
Cleyde Yáconis e Silvio Rocha protagonizaram a versão de 1967, na TV Tupi, já diária, mas ainda em preto e branco.
Dez anos depois, também na Tupi, Nicette Bruno e Gianfrancesco Guarnieri deram vida ao casal Lola e Júlio na adaptação a cargo de Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho.
Em 1994, o SBT produziu um remake da versão anterior (de 1977), com Irene Ravache e Othon Bastos. Nesta ocasião, Silvio de Abreu, um dos autores da versão original, estava contratado da Globo – ele vendeu os direitos sobre o seu texto ao SBT e, anos mais tarde, os comprou de volta. Coube ao seu parceiro Rubens Ewald Filho efetuar, para a versão do SBT, as modificações e ajustes que julgou necessários.
Agora, no cargo de diretor de dramaturgia da TV Globo, Silvio de Abreu – de posse dos direitos sobre o texto que havia vendido ao SBT no anos 1990 e sobre o livro de Maria José Dupré – entregou a Ângela Chaves a tarefa de adaptar a novela escrita por ele e Rubens.
Infelizmente, Rubens Ewald Filho não viveu para ver a nova versão da história no ar. O roteirista e crítico de cinema faleceu em 19/06/2019, poucos meses antes da estreia, aos 74 anos, depois de passar três dias internado em estado grave após ter sofrido um infarto e uma queda.
Entre outros trabalhos como roteirista de televisão, Ângela Chaves foi coautora da supersérie Os Dias Eram Assim e colaboradora nas novelas Celebridade, Páginas da Vida, Viver a Vida, Em Família e Rock Story.